quinta-feira, 9 de setembro de 2010

planejamento de uma gravidez

Alterações menstruais constantes devem ser alerta para as mulheres.
Mulheres que apresentam ovários policísticos produzem uma quantidade maior de hormônios masculinos, os andrógenos, fator que pode afetar a fertilidade.

O principal problema que este desequilíbrio hormonal provoca está relacionado à ovulação. "A testosterona produzida pela mulher interfere nesse mecanismo e, ao mesmo tempo, aumenta a possibilidade da incidência de cistos, porque eles resultam de um defeito na ação dos hormônios do ovário, impedindo a ovulação", explica o especialista em ginecologia e reprodução humana, Joji Ueno do portal Minha Vida (www.minhavida.com.br), maior comunidade on-line de saúde e bem estar.

De acordo com Joji, os principais sintomas da síndrome dos ovários policísticos são as alterações menstruais. "A mulher menstrua a cada dois ou três meses e, freqüentemente, tem apenas dois ou três episódios de menstruação por ano", explica.

Segundo ele, outro sintoma é o hirsutismo, ou seja, o aumento de pêlos no rosto, nos seios e na região mediana do abdômen. A obesidade também é um sintoma freqüente, que auxilia no agravamento da síndrome. Às vezes a paciente não tem as manifestações sintomáticas, mas, quando engorda, elas aparecem.

Geralmente, de acordo com os históricos clínicos, a síndrome se manifesta na puberdade e vai até a menopausa. Alguns casos tornam-se assintomáticos com o tratamento, mas é uma doença crônica. Por isso, é comum a mulher com ovário policístico procurar vários especialistas, ao longo da vida, em busca de tratamento. No entanto, a importância que se dá ao caso, depende da fase da vida que a mulher atravessa. Na puberdade e na adolescência os pêlos causam maior incômodo.

Depois, na idade do casamento, são preocupantes as alterações menstruais, que podem ser sinal de infertilidade. Há, também, o momento em que a obesidade representa o maior inconveniente. "A síndrome assume maior ou menor relevância de acordo com a fase de vida da mulher e, conseqüentemente, o tratamento deve respeitar os sintomas que se destacam em determinado período", explica Ueno.

Hoje, com o avanço da tecnologia na medicina diagnóstica, a identificação da doença ficou mais fácil com o emprego do ultra-som. Normalmente, os ovários policísticos são visualizados por meio do exame de ultra-som ou no de toque, realizado no exame ginecológico de rotina. Às vezes, basta examinar a paciente para localizar os dois ovários aumentados. Em estado normal, o ovário tem, em média, 9cm³. O ovário policístico chega a ter 20cm³, ou seja, o dobro do volume.

O tratamento é realizado de acordo com a fase de vida da mulher. O que é mais importante em determinado momento e qual o sintoma que mais a incomoda são perguntas que o médico que a assiste deve fazer. "Como se trata de uma doença crônica, não há cura da síndrome e, sim, tratamento dos sintomas", finaliza o especialista.
Fonte: Minha Vida.com.br»

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