| A foto ao lado mostra um ovário ao ultra-som. A letra F indica um número grande folículos ovarianos, predominantemente situados na periferia do ovário. A parte central, que não tem folículos, é chamada de estroma. Esta é uma das imagens pela qual o ovário é caracterizado como policístico. Mesmo nesta condição, pode ocorrer gravidez. Porém, quando coexistem atrasos menstruais grandes (menstruação a cada 3 meses, por exemplo), obesidade, aumento de pelos e ovários como os da figura, em geral também acontece uma redução da fertilidade da mulher. Neste caso, o que ocorre é um excesso (relativo ou absoluto) de hormônios masculinos, criando-se um ambiente desfavorável para o crescimento dos folículos ovarianos e para a ovulação, levando a alterações menstruais na paciente.
Entretanto, nem todos os ovários descritos como micropolicísticos são dificultantes para a gravidez. A foto mostra o aspecto ultra-sonográfico de um ovário com vários cistos, de distribuição não periférica. Na maioria das vezes, ovários deste tipo não estão associados a dificuldades de reprodução e alguns, pelo contrário, estão associados com ciclos regulares e ovulação.
O tratamento dos "ovários policísticos", para efeito de reprodução, consiste em obter um ciclo em que ocorre ovulação. Em geral, isto é conseguido através da administração de remédios que induzem o crescimento dos folículos, para a posterior ovulação. A maioria dos remédios utilizados é constituido por FSH, hormônio já existente na mulher, que promove crescimento folicular. Quando for necessário reduzir a ação de hormônios masculinos, outros remédios podem ser associados ao FSH, como metformina, espirolactona e ciproterona.
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| RISCOS |
| Em geral, quando a mulher tem ovários policísticos com alterações menstruais, a quantidade de estradiol produzida pelos ovários é grande e permanece atuando longo tempo, aumentando os riscos de câncer de colo do útero, de endométrio e de mama. Assim, mesmo quando não há intenção de gravidez, deve haver tratamento para evitar estes riscos. |
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